sexta-feira, 25 de março de 2011

Emagreça com equilíbrio

Dieta sempre foi sinônimo de fechar a boca e de abrir mão das guloseimas, principalmente, massas e doces. Apesar de ainda seguido pela maioria das pessoas, esse modelo de regime não é o mais indicado.
Segundo especialistas, o sucesso para colocar mesmo em prática o verbo emagrecer não está apenas no que se consome, mas na quantidade do que é ingerido. Além, claro, do ingrediente paciência.

A busca pelo corpo perfeito em um curto espaço de tempo é o que leva boa parte dos brasileiros a adotar dietas radicais, muitas vezes da moda. Apesar de levarem à perda rápida de peso, esses regimes não surtem efeito em longo prazo e a pessoa volta facilmente a engordar. "O problema dessas dietas é que elas restringem a ingestão de grupos de alimentos, como proteínas, carboidratos e gorduras", afirma dr. Simão Lottenberg, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

A restrição total de carboidrato na alimentação, por exemplo, deve ser completamente evitada. O nutriente é o que dá energia para as atividades do organismo. Ele é o responsável por aquela sensação de saciedade. Já as dietas que restringem gorduras causam aumento excessivo no consumo de carboidratos. Quando o nutriente retirado da alimentação é a proteína, ocorre deficiência na fabricação dos tecidos do organismo. As proteínas têm a função de reparar os tecidos danificados.

Reeducação alimentar

Mas, em um país no qual cerca de 40% da população está com sobrepeso, o que fazer para evitar a adoção das chamadas dietas milagrosas? "Apesar de repetitivo, o velho discurso de reeducação alimentar ainda é a melhor forma – e a mais saudável – de perder peso", garante o dr. Simão.

Como o próprio nome diz, reeducação alimentar é um processo de aprendizagem no qual a pessoa, além de conhecer melhor os alimentos, passa a selecioná-los de forma saudável. O próprio hábito de comer também passa por mudanças, uma vez que é preciso controlar horários e, principalmente, a ansiedade em não atacar a geladeira. Conheça algumas regras da reeducação alimentar:

  • Corrija, aos poucos, sua atitude em relação aos alimentos;
  • Tenha paciência, pois não é saudável emagrecer do dia para a noite;
  • Não exclua, de repente, um alimento: aprenda quando e quanto pode consumi-lo;
  • Determine horário para as refeições;
  • Substitua doces gordurosos por frutas frescas;
  • Controle a ansiedade fazendo atividade que desvie sua atenção da comida;
  • Beba bastante água;
  • Faça pratos coloridos, com verduras e legumes.

Para Simão Lottenberg, o grande problema do brasileiro é adotar os hábitos alimentares dos americanos. "Seria bem melhor se ele continuasse a comer o velho arroz com feijão", diz. Vale lembrar que até mesmo a reeducação alimentar deve levar em conta a predisposição da pessoa em engordar, a idade e seu metabolismo. "A reeducação alimentar permite recaídas, ela não é uma linha reta e sim uma espiral. É necessário, apenas, que a pessoa tenha consciência e força de vontade em sempre retomar os hábitos saudáveis", acrescenta.

A nutricionista Odete Sanches, alerta para que, antes de iniciar uma dieta, seja levada em consideração a composição corporal (o que é gordura e o que é músculo) e as atividades praticadas diariamente, antes de definir o cardápio. "E para prevenir o efeito sanfona e garantir a ingestão de todos os nutrientes necessários, recomendo seguir a conhecida pirâmide alimentar adaptada às necessidades individuais. Também é importante verificar a composição dos alimentos prontos, nas embalagens, e evitar excesso de gordura saturada e trans", ensina Odete.

Abuso de comprimidos

A dificuldade em adotar hábitos saudáveis de vida - como alimentação equilibrada e prática de atividades física - faz com que muitos brasileiros procurem, nos comprimidos, a solução para seu excesso de peso. Tanto é que o Brasil é o campeão mundial no consumo de derivados de anfetaminas – substâncias anorexígenas que podem causar dependência química, irritabilidade, hipertensão, depressão e crises de ansiedade. "Isso acontece quando o medicamento não é indicado corretamente. Ele tem sua função e sua importância, desde que usado na dose, no tempo e no paciente certos", explica o médico.

A lista dos grandes consumidores do medicamento está em um relatório das Nações Unidas divulgado março de 2006. No Brasil, o consumo atinge 9,1 doses diárias a cada mil habitantes e os principais usuários são mulheres (90%). As anfetaminas são remédios sintéticos, usados desde o início do século passado como estimulantes. Sua fama de emagrecedor decorre do fato de serem potentes e rápidas na perda de peso. Por conta de seus efeitos colaterais, o medicamento só deve ser indicado em casos bastante específicos, como para pessoas que sofrem de obesidade grave. "Mesmo assim há um limite para o uso, pois após certo período, os efeitos colaterais podem ser muito arriscados", ressalta dr. Simão Lottenberg.

Dietas da moda, cuidado!

Dr. Atkins

Esse modelo de regime, que leva o nome do seu criador – Robert Atkins – restringe o consumo de carboidratos, fazendo com que o metabolismo do corpo troque o uso da glicose pela gordura como combustível. Na tentativa de evitar problemas de saúde causados pela falta de vitaminas e minerais, a dieta recomenda o consumo de suplementos vitamínicos. É bastante criticada pelos especialistas.

South Beach

É bastante similar à dieta do Dr. Atkins. Também restringe a ingestão de carboidratos e estimula o consumo de proteínas, o que poderia levar a problemas cardíacos. Nas primeiras semanas, a pessoa não come nem cereais e nem frutas, retomando esse consumo gradualmente. Também é condenada pelos médicos.

Da Lua

Nesse regime, dito milagroso, a pessoa deve ingerir apenas líquidos por 24 horas a cada mudança da fase da lua. Só é permitido o consumo de sucos, chás, água e caldos. Por ser desbalanceada, a dieta pode causar mal-estar e fraqueza, além de não ser eficaz.

Beverly Hills ("das frutas")

Idealizada por Judith Mazel, essa dieta ficou famosa nos anos 80. Leva em conta que enzimas encontradas em algumas frutas, principalmente no abacaxi e no mamão, aceleram a queima de gordura. A base desse regime é o consumo de grande quantidade dessas frutas, o que leva a uma carência de proteínas, cálcio, vitaminas D, E e B12, ferro, zinco e cobre.

Da Sopa

Ficou conhecida após ser divulgada em programas de televisão. Trata-se de uma dieta à base de sopa preparada com vários legumes, que tem no repolho seu principal ingrediente. É carente de vitaminas, sais minerais e proteínas.

Do Tipo Sanguíneo

Criada por um americano, essa dieta baseia-se na teoria de que a alimentação deve ser diferenciada para cada tipo de sangue. Ela leva em conta que o tipo sanguíneo determina funções digestivas que levam alguns alimentos a causar emagrecimento ou aumento de peso. É polêmica e alguns médicos garantem que não há comprovação científica.

Dos Pontos

Nesse tipo de regime, a pessoa controla pontos em vez de calorias. Cada ponto equivale a 3, 6 calorias. A quantidade de pontos que deve ser consumida por dia vai depender de alguns fatores, como altura, sexo, idade e hábitos alimentares. Entre as dietas da moda, é uma das mais aceitas pelos especialistas.

FONTE: http://www.einstein.br

Cálcio para a vida toda

Além de participar da formação e manutenção dos ossos e dos dentes, o cálcio é fundamental para o crescimento, atua na coagulação sanguínea, na contração e relaxamento muscular, na transmissão de impulsos nervosos e ainda tem atuação no ritmo cardíaco. Frente a tantas funções, esse mineral torna-se indispensável na alimentação diária, da infância à terceira idade.
Existem diversos alimentos que suprem a necessidade diária de cálcio. Entre os quais estão os produtos lácteos, que possuem grande quantidade e apresentam mais facilidade de absorção, em razão da lactose e da vitamina D. Um adulto precisaria tomar quatro copos de leite de 200ml – que contém 250mg do mineral – para suprir a necessidade diária de cálcio. “O laticínio é boa fonte de cálcio, porém algumas pessoas não toleram o leite puro, então a alternativa é optar pelos derivados, como queijo e iogurte”, indica Silvia Piovacari, coordenadora da Nutrição Clínica do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Há também outros alimentos com altos teores de cálcio, que podem ser incluídos no cardápio: verduras verde-escuras, gergelim, algas, amêndoas, feijão, leguminosas, marisco, tofu (queijo de soja), ovos e nozes.

Mais do que consumir alimentos que são fonte de cálcio, é preciso ingerir aqueles que aumentam a absorção do mineral no organismo. A vitamina D – obtida principalmente por meio da luz solar – auxilia o processo de aproveitamento e fixação do cálcio por meio da regulação dos níveis do mineral na corrente sanguínea. Outra maneira de fixar o cálcio nos ossos é praticando atividades físicas aeróbicas, como caminhada, corrida etc.

Ladrões de mineral

Assim como existem alimentos que ajudam a fixar o cálcio no organismo, há os que prejudicam a absorção da substância, conhecidos como “ladrões de cálcio”. O vilão nesse caso é o ácido oxálico, que prejudica a capacidade do organismo de absorver o mineral. O ácido está presente na beterraba, no espinafre e na acelga. Portanto, evite combinar numa mesma refeição esses vegetais com fontes de cálcio, pois prejudicam a absorção do mineral.

O consumo excessivo de carnes vermelhas ou brancas – a proteína animal – estimula a eliminação do cálcio pela urina. Dessa forma, quem come menos carne, tem menor necessidade de cálcio. O mesmo ocorre com o sódio: quem consome sal e produtos em conserva em excesso, precisa ficar atento, pois isso pode causar deficiência do mineral no organismo. “Quem tem uma dieta pobre em proteína e sódio pode precisar apenas de 500mg de cálcio para suprir a necessidade diária”, afirma a nutricionista.

A cafeína e o ferro também contribuem para a retirada do cálcio dos ossos. Assim, fique atento às doses diárias de café. Investir numa alimentação equilibrada continua sendo a receita ideal para manter a saúde em dia.

Na dose certa

Se o cálcio não for consumido corretamente ao longo da vida, poderá acarretar diversas deficiências no futuro. Uma das principais, a osteoporose, consiste na perda de massa óssea o que aumenta as chances de fratura. “Devemos lembrar que não é apenas a falta de cálcio que causa essas doenças. A osteoporose, por exemplo, ocorre também por causa de alterações hormonais, hábitos de vida inadequados e fatores genéticos”, alerta a nutricionista.

Se de um lado a falta de cálcio traz complicações, o excesso do mineral no organismo também cria problemas. O mais comum deles é cálculo renal, que algumas vezes está associado ao excesso de cálcio e de ácido oxálico.

Segundo a nutricionista, existe uma quantidade adequada para ingestão de cálcio diariamente, que varia de acordo com a faixa etária.

FONTE: http://www.einstein.br

terça-feira, 22 de março de 2011

Exercícios físicos: pratique com moderação

Overtraining: o excesso de exercícios, cada vez mais frequente entre o público das academias, pode colocar em risco a saúde

A busca pelo corpo perfeito parece não ter fim. Para garantir horas a mais de treino, muita gente até corta o tempo de sono e da alimentação. Quem adota essas medidas acha que está no caminho para um corpo escultural. Não é verdade. Essa é a receita do overtraining – ou excesso de treino – um mal que acarreta danos físicos e psicológicos.

Antes restrito aos atletas de elite, que treinam de forma intensa por fazer do esporte sua profissão, o overtraining é cada vez mais comum entre o público que frequenta academias, especialmente com a chegada do verão. Também os praticantes de corridas de rua, ciclismo, futebol ou qualquer outra atividade realizada com regularidade estão expostos aos riscos que o excesso de treino pode trazer.

“A atividade física é essencial para a vida saudável, mas em excesso torna-se perigosa e pode ocasionar lesões sérias, que impedem a continuidade da prática”, afirma Márcio Marega, fisioterapeuta e responsável pelo Projeto Anti-Sedentarismo do Einstein.

De olho nos sintomas

Todo treinamento requer descanso para que o corpo recupere as energias. Ao pular os dias de pausa, o corpo não consegue se recuperar e, com isso, vem o desgaste. Entre as consequências desse exagero para o organismo estão perda de apetite, de peso e de massa muscular, insônia, cansaço, irritação, queda no rendimento de qualquer atividade, sobretudo dos exercícios, disfunções hormonais, depressão, ansiedade e, mais frequentemente, lesões nos joelhos, tendões e ligamentos.

O sistema imunológico também é afetado, deixando o atleta mais suscetível à infecção por vírus e bactérias. Por isso, outro dos sintomas do overtraining é o resfriado constante, que prejudica ainda mais o rendimento nos treinos.

Segundo Marega, a melhor forma de desconfiar de casos de overtraining é prestar atenção no próprio corpo. “Se você está sentindo dor, há alguma coisa errada. Provavelmente o corpo dói porque seus limites não estão sendo respeitados. Isso não significa ganho com os treinos, mas prejuízo para a saúde”, ressalta.

Ao se reconhecer nessa situação é preciso procurar um médico para verificar se há lesões sérias, que necessitem de fisioterapia, ou se o respeito aos dias de descanso e uma mudança temporária de atividades mais vigorosas para mais leves podem ajudar na recuperação.

Regularidade e bom senso

Seja qual for o objetivo do treino – competir, deixar de ser sedentário, perder peso ou melhorar o condicionamento cardiovascular – é importante levar a sério os dias de descanso. Embora cada tipo de treinamento tenha ritmo e intensidade específicos, todos têm pelo menos um dia estipulado para pausa.

“Para complementar os dias de treino e descanso, alimentação equilibrada e boas noites de sono são essenciais. Só com essas atitudes é possível obter os resultados esperados com a prática”, ressalta o fisioterapeuta.

O acompanhamento de um profissional especializado em treinamento é uma forma de garantir que a atividade física seja feita de maneira segura e saudável. “O treinador elabora exercícios sob medida e acompanha o desempenho do atleta, o que garante segurança e bons resultados para o treino”, explica Marega.

Outro ponto fundamental é realizar uma avaliação médica antes de começar qualquer atividade física, para assegurar que está tudo bem com a saúde.


FONTE: http://www.einstein.br/espaco-saude/boa-foma

terça-feira, 15 de março de 2011

Gravidez não deve ser sinônimo de ganho de peso e sedentarismo

Alimentação balanceada e exercícios leves são ideais para esta fase


A gravidez é uma importante fase da vida de uma mulher. Durante toda a gestação, ela passa por várias mudanças no corpo e uma das maiores delas é o ganho de peso.

Esse receio dos quilinhos extras pode ser evitado se a gestante se cuidar desde o início da gravidez. Especialistas apontam como ideal que as mulheres ganhem de nove a 12 quilos durante toda a gestação. Sendo esse peso muito superior já visto como prejudicial tanto para a mãe como para o bebê, inclusive na hora do parto.

A nutricionista do Portal Educação, Ana Paula Leão Rossi, considera primordial o cuidado com a alimentação das mamães desde o princípio da gravidez:

— É necessário um acompanhamento nutricional individualizado, realizando de cinco a seis refeições ao dia para que a gestante não sinta tanta fome durante uma refeição, evitando os excessos — explica.

Além da importância de alimentar-se de três em três horas, ainda é preciso prestar a atenção no tipo de comida que se ingere, para que a gestação seja ainda mais saudável.

— Para prevenir o enjoo logo no período da manhã, uma dica é comer alimentos secos como polvilho ou biscoitos, antes mesmo de se levantar. Fontes de vitaminas do complexo B, os cereais também ajudam a diminuir o desconforto. O consumo de cálcio e minerais garantem a saúde óssea da mãe. Já os alimentos ricos em ácido fólico, como as folhas verde-escuras, ajudam na formação do tubo neural do bebê — ressalta.

Outra dica recomendada pela grande maioria dos especialistas em saúde são os exercícios físicos. Além de ajudar a manter o peso, melhoram a postura, que pode ser afetada com o novo peso da barriga.

Além disso, é muito importante sempre ter um especialista acompanhando a gestação desde o princípio.

BEM-ESTAR