sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Osteoporose pode ser evitada com musculação e alimentação adequada desde cedo

Problema atinge mais da metade das mulheres com mais de 50 anos

Os ossos ficam fracos e podem quebrar muito facilmente. A osteoporose ocorre, com maior frequência, em indivíduos com mais de 50 anos, mas a prevenção deve começar bem antes, na adolescência. Conforme a médica Archana Roy, especialista em medicina interna, 85% da massa óssea dos adultos é adquirida aos 18 anos pelas mulheres, e aos 20 anos pelos homens.

— As mulheres podem perder até 20% da densidade mineral óssea em um período de cinco a sete anos, depois da menopausa. A perda óssea é mais lenta nos homens e, normalmente, ocorre mais tarde do que em mulheres — explica Archana.

A doença acomete mais da metade das mulheres com mais de 50 anos e um em cada quatro homens. Entretanto, homens são mais propensos a morrer depois de uma fratura de quadril do que as mulheres.

O teste da densidade óssea ajuda no diagnóstico. Ele avalia a densidade dos ossos na espinha dorsal e no quadril, estimando futuros riscos de fratura em um período de 10 anos.

Exercícios e alimentação

A nutrição adequada, acompanhada de exercícios de força apropriados, é a chave para ganhar a luta contra a osteoporose.

— Os exercícios ajudam a melhorar a densidade óssea, fortalecer os músculos e reduzir os riscos de queda — comenta a médica.

O cálcio é importante para a mineralização dos ossos e pode ser obtido em alimentos como o leite, queijo ou iogurte. Suplementos de cálcio e vitamina D também estão disponíveis no mercado.

Cinco dicas de prevenção

:: Ingira uma quantidade adequada de cálcio e vitamina D diariamente

:: Faça exercícios diariamente

:: Inclua exercícios de musculação em seu treino diário

:: Evite fumar ou consumir bebidas alcoólicas em excesso, fatores que aumentam a perda óssea e elevam os riscos de osteoporose

:: Pergunte a seu médico sobre exames para diagnosticar a osteoporose

FONTE: BEM-ESTAR

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Veja como os exercícios físicos beneficiam o corpo por dentro e por fora

Abandonar o sedentarismo tem efeitos positivos até mesmo no humor

Que os exercícios físicos fazem bem ao corpo não é novidade. Mas há uma série de vantagens, que vão além da boa forma. Na hora de escolher qual exercício praticar, é necessária uma avaliação médica e, se possível, a orientação de um professor de educação física. Os cuidados devem ser redobrados para pessoas com mais de 40 anos, fumantes, sedentárias, obesas ou apresentam alguma doença crônica. Lembre-se que, para entrar em forma, não é necessário se tornar um atleta de ponta.

A nova diretriz do Colégio Americano do Esporte recomenda a prática de exercícios cinco vezes por semana. Porém, é importante deixar bem claro que, para romper a inércia, ela não tem que iniciar com cinco vezes por semana. Ela tem que progressivamente começar com duas vezes, depois três vezes até chegar a cinco vezes por semana, dentro de um processo progressivo.

O organismo está sempre queimando calorias para manter suas funções vitais básicas, incluindo respiração, circulação e funcionamento dos órgãos. A energia necessária para manter estas funções é denominada "taxa metabólica basal" ou "taxa metabólica de repouso".

Quaisquer outras atividades realizadas exigem um consumo adicional de energia, obtida a partir da metabolização de glicogênio — forma sob a qual os carboidratos são armazenados — e gordura. Quando você realiza atividades aeróbicas, o organismo queima calorias.

Para perder peso, dê preferência a atividades mais prolongadas, com intensidade moderada, como caminhada, natação e ciclismo. As atividades curtas e de maior intensidade, como musculação, tendem a queimar carboidratos em vez de gorduras e, portanto, são menos eficazes para perda de peso, mas excelentes para ganhos de massa magra e prevenção de lesões.

Todo o organismo é beneficiado

:: Eficiência cardíaca

Um coração mais forte é capaz de bombear mais sangue a cada batimento. Portanto, o coração não precisa bater tão rápido durante o repouso ou a atividade física.

:: Perda e manutenção do peso

A associação de uma dieta alimentar balanceada e a prática regular de atividades físicas reduzem o peso e substituem gordura por massa magra (músculos).

:: Saúde mental em dia

A prática regular de atividades físicas promove a liberação de endorfinas, substâncias naturais com ação analgésica. Além disso, as endorfinas combatem o estresse, a depressão e a ansiedade.

:: Fortalecimento do sistema imunológico

Pessoas que praticam exercícios físicos regularmente são menos vulneráveis a doenças virais, como resfriados e gripes. Acredita-se que os exercícios ajudam a ativar o sistema imunológico e prepará-lo para combater infecções.

:: Disposição e bom humor

Os exercícios físicos podem deixá-lo cansado a curto prazo, durante e logo após o treinamento, mas posteriormente aumentam a disposição e reduzem a fadiga, além de melhorarem o humor.

:: Menor risco de doenças

O excesso de peso é um fator que contribui para o desenvolvimento de doenças cardíacas, hipertensão arterial, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes e alguns tipos de câncer. Perdendo peso, você apresenta um menor risco de desenvolver estas doenças. Além disso, atividades aeróbicas de baixo impacto, como caminhada, por exemplo, podem reduzir o risco de osteoporose e suas complicações. Em pacientes com artrite, boas opções que evitam o estresse articular são a natação e a hidroginástica.

:: Você vive mais — e melhor

Em 1986, os resultados do Harvard Alumni Health Study, publicados no New England Journal of Medicine, comprovaram cientificamente que a prática de exercícios físicos está diretamente relacionada com uma maior expectativa de vida. Desde então, novos estudos têm demonstrado resultados semelhantes.

:: Força muscular e alívio das dores

Os exercícios estimulam o aparecimento de pequenos vasos sanguíneos nos músculos. Assim, o organismo consegue fornecer maiores quantidades de oxigênio para o tecido muscular, removendo o que é indesejável no metabolismo, como o ácido láctico, por exemplo. Assim, é possível combater problemas como a dor muscular crônica, a fibromialgia e as dores lombares.

Para quem quer começar...

:: Aqueça os músculos com uma caminhada de cinco a dez minutos. Em seguida, faça alongamentos por mais cinco ou 10 minutos antes de iniciar os exercícios. Não alongue seu corpo com os músculos frios.

:: No começo, vá devagar. Podem ser necessárias algumas semanas para conseguir realizar cerca de 20 a 30 minutos de atividade física contínua. Tenha paciência.

:: A regularidade do exercício é essencial. Não adianta caminhar uma vez por semana. Reserve um tempo diário e torne-o sagrado. Lembre-se que a recompensa será um corpo mais saudável e uma mente mais leve.

Fonte: A importância e os Benefícios dos Exercícios Aeróbicos, Elisabete Fernandes Almeida.

VIDA


quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Musculação reduz pressão arterial em hipertensos

Redução da pressão arterial está no mesmo patamar obtido com a medicação

Portadores de hipertensão que realizaram treinamento de força — musculação — conseguiram reduzir a pressão arterial a níveis semelhantes aos obtidos por meio de medicamentos, revela pesquisa com a participação da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP). O estudo comprova que o treino de força é seguro para os hipertensos, desde que com acompanhamento médico e de profissionais de atividade física. O trabalho também mostrou que a redução da pressão permanece por até quatro semanas após a interrupção do treinamento.

A pesquisa com hipertensos faz parte da pesquisa de doutorado em Biofísica de Newton Rocha Moraes, realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), orientada pelo professor Ronaldo Carvalho e co-orientada por Reury Bacurau, professor do curso de Ciências da Atividade Física da EACH. Segundo Bacurau, na literatura científica há vários estudos que mostram o efeito positivo do exercício aeróbio, como corridas e natação, no controle da pressão, mas o benefício da musculação era pouco conhecido.

Participaram do estudo 15 homens com hipertensão moderada, que utilizavam medicação, com média de idade em torno de 46 anos. Durante seis semanas antes do início do treinamento, com supervisão médica, os medicamentos foram gradativamente retirados. Os pacientes eram examinados periodicamente e não tinham nenhuma outra doença crônica, como diabetes. Os exercícios foram realizados durante 12 semanas, trabalhando sete grupos musculares (abdômen, pernas, parte interna e externa das coxas, ombros, biceps e tríceps) três vezes por semana, em dias não consecutivos.

Apesar de o treino ser o mesmo que é voltado para iniciantes, os participantes realizavam musculação convencional, ou seja, três séries em cada aparelho com carga moderada, e não em circuito, mudando de aparelho a cada série, com carga baixa. Com o treinamento, a média de pressão dos pacientes, que era de 153 milímetros (sistólica, associada ao bombeamento de sangue pelo coração) e 96 milímetros (diastólica), caiu para 137 milímetros (sistólica) e 84 milímetos (diastólica). De acordo com o professor, a redução está no mesmo patamar que é obtido com a medicação.

Redução

Conforme Bacurau, esperava-se uma redução média da pressão em torno de 5 milímetros, o que já seria considerado um resultado satisfatório. No entanto, esse indice foi de aproximadamente 13 milímetros, o que comprova o efeito positivo do treinamento de força.

Depois do final do período de treino, os pacientes foram acompanhados durante quatro semanas. Verificou-se que eles mantinham o mesmo efeito de queda da pressão registrado durante o tempo de realização dos exercícios.

— Este resultado é imporante, porque serve como estímulo ao hipertenso a continuar com a musculação, ajustando o treinamento às suas necessidades de vida — destaca o pesquisador.

A pesquisa também mostrou que os participantes tiveram aumento da força física e da flexibilidade.

— Antes se acreditava que a musculação poderia ser perigosa para os hipertensos pelo risco de problemas cardíacos, mas hoje as pesquisas mostram seu potencial na redução de problemas cardiovasculares — conclui.

O professor recomenda que as pessoas interessadas em fazer treinamento de força procurem orientação de médicos e profissionais de atividade física.

FONTE: AGÊNCIA USP