sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Fibras auxiliam na manutenção do peso e reduzem risco de doenças cardíacas

Componente é encontrado em vegetais, cereais e alimentos integrais


Pesquisas recentes têm revelado benefícios inéditos das fibras alimentares e dos nutrientes e elementos biologicamente ativos ligados a elas. Redução do colesterol e triglicerídeos, controle da glicemia e auxílio na manutenção do peso estão entre os efeitos das fibras para a saúde, que serão debatidos por especialistas em novembro no Congresso Brasileiro de Nutrição Parenteral e Enteral.

Em razão de suas propriedades, a fibra é um componente indispensável na alimentação e, segundo a gerente de nutrição do Hospital do Coração de São Paulo (HCor), pode desempenhar papel coadjuvante ou principal como fonte terapêutica.

Para alcançar os benefícios esperados, é necessário incluir na dieta o consumo de frutas, verduras, legumes, leguminosas e cereais integrais, como a aveia.

— É recomendada uma alimentação diária equilibrada e balanceada composta de variados alimentos fontes de fibras solúveis e insolúveis — explica Rosana.

As fibras alimentares determinam efeitos fisiológicos diferentes em cada segmento do sistema digestivo. Na boca, promovem alterações na textura dos alimentos, necessitando maior tempo de mastigação, aumentando assim a sensação de saciedade.

No estômago, determinados tipos de fibras, como as mucilagens e as gomas, retardam o esvaziamento gástrico de líquidos e aceleram o esvaziamento dos sólidos. O intestino delgado é o local onde ocorre maior parte dos processos de digestão e absorção dos alimentos e a principal ação da fibra ali é de fixar substâncias orgânicas e inorgânicas, diminuindo ou retardando a absorção.

No intestino grosso, a fibra acelera o trânsito, diminuindo a absorção de líquidos e levando a um aumento da massa fecal, ajudando no bom funcionamento do intestino como um todo.

Muitos trabalhos relacionam os benefícios de dietas enriquecidas com fibras originárias da aveia, especificamente nas doenças cardiovasculares, onde o FDA (Food and Drugs Administration, agência reguladora dos EUA) declara que a fibra solúvel dos alimentos do tipo flocos de aveia, farelo de aveia e farinha de aveia integral, como parte de uma dieta pobre em gorduras saturadas e colesterol, pode reduzir o risco de doenças cardíacas.

FONTE: BEM-ESTAR

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Alimente seus genes: dieta pode limitar propensão genética a doenças

Descoberta de pesquisadores noruegueses derruba os argumentos que sustentam as dietas consideradas "salvadoras"


A dieta é a chave para controlar a nossa suscetibilidade pessoal genética para a doença. Ao escolher o que comemos, optamos se vamos oferecer aos nossos genes as armas que causam doenças. Mas, então, o que devemos comer? Respostas com recomendações para dietas saudáveis não faltam. Porém, qual seria a resposta a essa pergunta se soubéssemos como os nossos genes respondem aos alimentos que ingerimos e como eles afetam o processo celular que nos faz saudáveis (ou não)?

A resposta que cientistas da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia encontraram pode surpreender: a melhor dieta do ponto de vista de um gene deve ser composta por um terço de proteínas, um terço de gorduras e um terço de carboidratos. Segundo o recente estudo publicado no site da instituição, esta seria a melhor receita para limitar o risco de doenças relacionadas aos hábitos de vida.

Doenças cardiovasculares, cânceres e diabetes

No estudo, os pesquisadores Ingerid Arbo e Hans-Richar Brattbakk alimentaram pessoas que estavam um pouco acima do peso com dietas diferentes, que demonstraram efeito sobre a expressão gênica — o processo no qual a informação da sequência de um gene do DNA é traduzida em uma substância.

Os cientistas descobriram, por exemplo, que uma dieta com 65% de carboidratos faz com que vários tipos de genes tenham que "fazer horas extras", isto é, trabalhem muito mais.

De acordo com a supervisora do estudo, Berit Johansen, isto afetaria não apenas os genes que causam inflamações, mas também genes associados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cânceres, doenças mentais e diabetes tipo 2 — as principais doenças relacionadas ao estilo de vida.

Mude a sua dieta

A descoberta dos pesquisadores noruegueses derruba os argumentos que sustentam as dietas que você ouviu que o salvariam. Segundo a publicação, o que acontece é que existem várias recomendações e uma grande variação quanto à forma como são justificadas cientificamente.

— Ambas as dietas de baixa e alta ingestão de carboidratos estão erradas. Mas a dieta com ingestão reduzida destes nutrientes está mais próxima de uma alimentação correta — explica a pesquisadora.

Segundo ela, a dieta não deve conter mais de um terço de carboidratos (até 40% das calorias) em cada refeição, caso contrário, os genes são estimulados para iniciar atividade que gera inflamação no corpo.

No entanto, a professora adverte que cortar completamente os carboidratos e ingerir mais gorduras e proteínas também é prejudicial. O ideal seria manter um equilíbrio sempre.

A recomendação de Berit é que os três nutrientes sejam ingeridos em cinco ou seis pequenas refeições diárias e não somente na refeição principal.

— Se você quer reduzir a probabilidade de doenças, porém, a mudança na dieta tem de ser permanente — explica.

FONTE: BEM-ESTAR

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Osteoporose também pode afetar crianças e adolescentes

Ministério da Saúde lança campanha alertando sobre a importância da prevenção desde a infância, com ingestão adequada de cálcio e exercícios

Bastante conhecida entre pessoas mais velhas, principalmente mulheres pós-menopausa e homens a partir dos 65 anos, a osteoporose também pode atingir as crianças. Nesta quinta-feira, dia em que é lembrada a data mundial contra a doença, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) alerta que a fragilidade dos ossos na crianças pode estar associada a fraturas de repetição, com história familiar de osteoporose e alterações nas radiografias. Outro fator de risco é a presença de doenças crônicas que levam ao uso de medicamentos que baixam a densidade óssea, como o corticoide, usados normalmente em crises respiratórias ou alérgicas.

De acordo com o coordenador do Centro de Ortopedia da Criança e do Adolescente do Into, Pedro Henrique Mendes, tanto em crianças quanto em adultos, é muito importante que a doença seja diagnosticada precocemente.

— Se identificada no primeiro estágio temos muito a fazer para assegurar uma boa evolução no tratamento — explica.

A baixa ingestão de cálcio, que é uma das principais causas da osteoporose, chega a atingir 25% das crianças, principalmente entre jovens intolerantes à lactose e crianças com alguma doença inflamatória intestinal. Contudo, há ainda casos em que a osteoporose infantil não apresenta um motivo evidente de perda óssea.

Prevenção deve começar na infância

O Ministério da Saúde lançou nesta quinta-feira um alerta reforçando que a osteoporose deve ser prevenida desde a infância. Uma campanha que estreia no próximo sábado chama atenção para o fato de que a adoção de hábitos saudáveis pelas crianças pode prevenir ou minimizar o aparecimento da doença na vida adulta.

A prevenção nesta fase é importante, pois é neste período que o indivíduo ganha estatura, fortifica seu esqueleto e adquire o máximo de massa óssea possível.

— É preciso aumentar na dieta das crianças o consumo de leite e derivados, que possuem alto índice de cálcio e diminuir o de refrigerantes. Outras fontes potenciais de cálcio são os vegetais de cor verde escuro, os peixes e os alimentos oleaginosos, como castanhas e nozes — orienta a coordenadora da Saúde do Idoso do Ministério da Saúde, Luiza Machado.

Outra recomendação fundamental é a prática de atividade física regular, pois, assim como os músculos, os ossos se tornam mais fortes com os exercícios.

A exposição ao sol, de 15 a 20 minutos diários, em horário correto, também é um hábito importante para a prevenção, já que a luz do sol estimula a produção da vitamina D, que ajuda na fixação do cálcio nos ossos e diminui o risco de osteoporose.

— Temos que motivar à criança a sair de frente do computador e da televisão e brincar ao ar livre — alerta Luiza.

FONTE: BEM-ESTAR